A psicofarmacologia é o estudo dos fármacos utilizados nas diversas patologias psíquicas, seu mecanismo de ação no sistema nervoso central (SNC) e comportamentos dos indivíduos que os utilizam. Originou-se na década de 50, com a descoberta de um antipsicótico (clorpromazina), posteriormente houve outras descobertas: ansiolíticos, antidepressivos, estabilizadores de humor, hipnóticos, estimulantes e outros.
Dentro da psicofarmacologia há o estudo dos medicamentos psicotrópicos (também podem ser chamados de neurotrópicos, psicoativos, etc.), que são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, capazes de modificar a atividade mental, excitando, deprimindo ou provocando uma ação perturbadora no Sistema Nervoso Central.
O tratamento com psicofármacos possui quatro estágios: o inicio (começo do tratamento), a estabilização (momento em que o paciente atinge a homeostasia – equilíbrio – de acordo com administração dos medicamentos), a manutenção (período em que ocorrem os ajustes da posologia para manter a homeostasia) e a retirada (momento em que o paciente não necessita mais do medicamento, pois o organismo já se restabeleceu). Nesse tratamento é fundamental a presença da equipe de saúde multidisciplinar para acompanhar o paciente e para que ele tenha êxito em cada um dos estágios mencionados, devido à complexidade neuroanatômica e das psicopatologias que o paciente deseja tratar.
Atualmente muitas pessoas utilizam os medicamentos psicotrópicos de forma indiscriminada, não levando em conta os horários e doses adequadas, assim como sem ter o conhecimento do real efeito do medicamento. Por isso a importância da presença dos farmacêuticos, médicos, psicólogos, fisioterapeutas e demais profissionais da saúde para promover o uso adequado do medicamento (seja na prescrição, no caso dos médicos, quanto na divulgação das informações científicas, no caso dos outros profissionais da saúde).