A habilidade de reagir rapidamente em resposta a eventos ameaçadores tem sido uma estratégia muito comum. Frente a uma possível ameaça, nosso organismo aguça o foco, prepara os músculos e os nervos para ação – essa é uma resposta do Sistema Nervoso Autônomo# chamada de “luta ou fuga”. No mundo atual onde tudo precisa ser resolvido AGORA, os agentes estressores sociais e psicológicos são encarados com muita cobrança.
Definir o que causa estresse é difícil, pois precisamos levar em consideração as variações individuais. Para os especialistas, o estresse pode ser definido como qualquer estímulo interno ou externo que ameaça a Homeostase (o equilíbrio normal do corpo).
Isso quer dizer que o estresse é sempre ruim?
Não! O estresse moderado pode ajudar nosso organismo e servir como um desafiador que ajuda a dar uma energia extra, necessária para lidar com as situações do dia-a-dia. O efeito agudo do estresse pode ajudar o organismo a se defender e estar sempre atento.
Quando ocorre de forma contínua, o estresse começa a trazer mais prejuízos do que benefícios. A partir desse momento, os mesmo mecanismos que estavam auxiliando o organismo podem se transformar em transtorno. Neurocientistas, psicólogos, psicanalistas e outros profissionais da saúde concordam que ainda há muito que se estudar para entender os mecanismos de ação do estresse, assim como suas consequências para o corpo, o cérebro e as relações sociais.
No próximo texto vamos conversar sobre as bases biológicas e regiões do cérebro ligadas a esses distúrbios.
#Para lembrar: O Sistema Nervoso Autônomo é uma das divisões funcionais do sistema nervoso. É parte responsável por regular o funcionamento dos nossos órgãos internos. São regulações que ocorrem de forma involuntária e sem a nossa consciência.